Angélica Boldt – Pós Dra. em Genética

Bióloga, casada há mais de 25 anos, 3 filhos lindos (cada um, um milagre) e mestrado em Genética pela UFPR, doutorado em Genética Humana pela Universidade de Tübingen, Alemanha, com bolsa integral para toda a família pelo CNPq, pós-doutorado por 6 anos em Imunopatologia molecular no HC-UFPR, atualmente professora associada do Departamento de Genética da UFPR e bolsista produtividade em pesquisa do CNPq. Mas isso tudo só é lixo comparado ao conhecimento de Cristo!

  • Como você chegou até a biologia? O que mais te atraiu na área?

Eu sempre fui apaixonada pela natureza, desde muito pequena eu sentia Deus falando comigo. Eu ficava muito tempo observando formigas, ficava observando, e sempre fui diferente das outras crianças.  Quando cheguei na sexta série e tive um professor de biologia pela primeira vez, fiquei encantada. Na disciplina da época era possível ganhar alguns pontinhos a mais e eu ficava lendo a enciclopédia e toda hora fazia trabalho, embora fosse completamente desnecessário. Eu fiquei apaixonada pela perfeição da criação de Deus e até hoje eu fico emocionada com tudo o que Ele me revela em todas as coisas. Eu sou uma pessoa  que ama ir para o mato, eu amo bicho, criava até aranha no meu quarto. Eu amo bichos e plantas no geral. E foi por muito pouco que em vez de entrar em genética eu não acabei na botânica. Na verdade, uma das decisões para ter entrado na genética foi minha decisão de ficar com o meu marido e casar porque eu olhei para ele e pensei assim “ele é maravilhoso, mas ele não vai morar no mato comigo”. O que me levou realmente a decisão de cursar biologia ao invés de outras áreas, porque sabemos que bio embarca muitas coisas, biomedicina nem existia, mas algo na área da saúde, por exemplo, foi o meu amor por isso, mas eu fiquei muito em dúvida porque a minha melhor amiga da época do cursinho, primeiro que quando eu falei que eu iria fazer biologia, ao invés de medicina, todos da minha turma relaxaram porque eu sempre fui muito nerd, durante as aula de inglês eu fazia os exercícios de matemática e terminava tudo antes, então todos ficaram muito feliz, menos a minha melhor amiga que era crente tambem, e ela disse para mim: “você está louca da cabeça. Como é que você não vai fazer medicina com toda essa capacidade”, e ela me disse uma coisa que me marcou muito: “você vai poder servir a Deus muito melhor fazendo medicina” e o meu maior anseio sempre foi servi-lo com tudo o que eu sou, com tudo o que tenho, com tudo o que posso. Com 14 anos eu fiz uma entrega muito radical para Deus, entreguei toda a minha vida para Ele. Eu falei assim: “eu não me importo, Senhor, quer me enviar para o Afeganistão, eu vou!”, então fiquei  muito em dúvida e naquele ano eu estudei como se fosse para medicina e chegou no momento, era o último dia e eu só iria tentar Federal. Naquela época também não tinha internet, então eu estava na fila do banco para fazer a inscrição, e cada vez que eles chamavam  o próximo, eu ficava mais nervosa sem saber o que fazer e comecei a orar e pedi para o Espírito Santo me revelar a vontade Dele, então eu vi uma balança na minha frente e ouvi a voz Dele dizendo “O que vai te levar a fazer biologia?” e eu falei que era o que eu gosto, a primeira coisa que veio à minha cabeça. E Ele perguntou “o que vai te levar a fazer medicina?”, e eu respondi: “É o que os outros querem”, e Ele me disse “É biologia que você gosta, então é isso que eu quero que você faça porque eu coloco em você o querer e o realizar”. A alegria que eu senti nessa hora foi tão grande que se eu soubesse, teria feito piruetas para sair daquele banco de tão feliz, porque eu sabia que estava fazendo a vontade Dele. Mas foi todo um processo de tratamento de Deus para que esteja hoje na área. Eu não me arrependo desse processo, mas ele me tratou muito, e durante todo o tempo do curso eu curti demais porque é lindo, inclusive chorei quando vi célula de cebola no microscópio. Experimentar um pouco da alegria que esses três: Jesus,  Espírito Santo e Deus Pai tiveram ao fazer tudo o que vemos hoje é maravilhoso.

Durante o curso de bio, eu sempre amei tudo. Eu amava botânica, eu amava zoologia. Por ser nerd e amar matemática, eu era a única que amava matemática, eu queria ecologia, porque eco é muito complexo, é uma das áreas da biologia mais difíceis, tem muita matemática, muito cálculo e era isso o que queria, pois juntava tudo o que eu gosto. Conheci o Marcos, me apaixonei, vi Cristo nele, vejo Jesus nele até hoje e para mim é uma alegria poder me submeter a esse homem de Deus  que é o meu marido  e fiquei muito decidida desde o início de nosso namoro eu sentia que Deus tinha estabelecido uma aliança e eu iria ficar com ele, então estava decidida a estar ao lado dele e não queria manipulá-lo, então eu disse “Senhor, o que tu queres que eu faça?” Na época eu fazia ecologia de praias arenosos, trabalhava no centro de estudo do mar,  rolava tudo naquela época  e ele vinha me visitar nos finais de semana, me buscar, porque eu trabalhava nos finais de semana lá e voltava durante a semana para estudar aqui. Na época não tinha campus  no litoral e foi um tempo muito maravilhoso na minha vida. Eu ficava muitas vezes orando sozinha na praia, lembro-me de uma vez que eu entrei na água e fiquei louvando a Jesus no meio da água e de repente eu estava no meio de um cardume e os peixes pulando ao meu redor. Por mais que eu fosse a diferente, eu não concordava com muitas coisas que aconteciam lá, eu nunca me senti sozinha, mas eu precisava ir para um laboratório, precisava de algo mais fixo, pois eu iria morar em Curitiba, e abriu a oportunidade da Genética molecular humana e eu me candidatei e fui aceita. Perguntei para a minha chefe   Maria Luiza, uma das melhores cientistas que eu já conheci,  pesquisadora de ponta no Brasil, o porquê dela ter me aceito logo de cara e ela disse que nunca esqueceu meu seminário, que era da área de melhoramento animal e técnicas de engenharia genética, e eu fiquei lá e permaneci apesar de muitas situações, pois a Palavra nos garante que  seremos perseguidos, incompreendidos, mal falado e teve muitas vezes que eu quis fugir, ir embora e o meu marido foi uma das  pessoas que Deus usou para me incentivar a ficar, além disso, minha chefe me apoiou bastante. Inclusive, quando engravidei de surpresa no início do mestrado, que na época era de anos e parecia um doutorado, e depois no final do mestrado, a Michele veio no início e o John no final do mestrado, mas eu glorifico ao Senhor por esses filhos. Nós nos achamos muito até termos filhos porque depois percebemos que ainda há muitas coisas que precisam ser arrumadas em nossa vida. Eu cresci muito através deles.     

  • Quais dilemas você enfrentou para escolher seu curso de graduação? Quais estratégias usou para resolvê-los? Dentro das Universidades há uma discussão comum sobre a grande briga entre ciência e religião. Como você enxerga os possíveis diálogos e conexões entre o Cristianismo e a Ciência? 

O que nos diz a palavra? A Bíblia diz que o temor de Deus é o princípio da sabedoria, então, partindo disso, do temor a Ele e de que eu quero agradar a Ele, eu sei que não vou  errar porque o senhor  vai me dar sabedoria. Quando entrei na universidade, primeiramente pensei que entrei em um campo missionário, na verdade eu já estava em um campo missionário na minha cabeça dentro do cursinho. Eu aproveitava todas as oportunidades que tinha. Nós tínhamos nossos encontros semanais dentro do colégio e depois continuamos na Federal onde eu também participava e liderava, e uma das coisas que eu tomei para mim foi: eu nunca vou negociar princípios e vou amar sempre. Eu sempre buscava olhar todos com amor e evitar ao máximo me envolver ou me preocupar com o que pensavam ao meu respeito. E isso é algo que eu faço até hoje porque eu decorei,  Deus me fez decorar, antes de todo esse processo Ele me fez decorar Gálatas 1:10 “Procuro eu agora agradar a homens ou a Deus? Procuro agradar a homens? Ainda se agradasse aos homens, não seria servo de Cristo”. Eu lembro muito bem quando recebi esse versículo, chorei muito porque eu falei “Senhor, meu cristianismo é muito  hipócrita, eu quero agradar a homens mais do que agradar a Ti, me perdoa”, e desde então isso tem sido meu rema. Ao mesmo tempo eu falava assim “Senhor, me revela”. Todas as vezes que eu olhava  que tínhamos um princípio , uma teoria, porque a ciência trabalha com o que é verossímil, aquilo que se assemelha à verdade, nós criamos hipóteses, fazemos análises estatísticas, pois na genética tem muita estatística que corrobora ou falseia uma hipótese. Filosofia da ciência  de Karl Popper. Nós rejeitamos uma hipótese, nós aceitamos uma hipótese, mas ela não significa que seja verdadeira. Nós utilizamos o que é chamado de probabilidade de que 95% daquela hipótese seja realmente correta, entretanto, sempre trabalhamos com o que parece ser verdade, enquanto a Bíblia é Verdade, uma das coisas que eu tomei como princípio e não vou negociar a verdade. A minha fé  é baseada no meu relacionamento com o Pai. Outra coisa que o Senhor me ensinou muito cedo é que eu não preciso o defender. Se alguém falar qualquer outra  coisa, é para eu ficar “relax” que Ele vai ter a oportunidade de falar com as pessoas e de manifestar a luz Dele e que não é para eu me sentir agredida. Nós temos a tendência de nos sentir ofendidos, mas precisamos cuidar com isso. Querer defender a Deus porque eu estou ofendida não é uma boa estratégia. A nossa estratégia precisa ser o amor. Então eu buscava sempre dizer assim: “Eu não negocio  o meu relacionamento com o Senhor, meu relacionamento que era diário e eu vou amar sempre, independentemente do que as pessoas falam a meu respeito”. Lembro-me de uma vez, um momento bem crítico porque não tem como provarmos a existência de céu ou inferno, cientificamente falando, não tem como provarmos a ressurreição cientificamente falando, ou como Jesus foi concebido, mas essas são nossas verdades, e uma vez e fui confrontada por dois grandes amigos durante o mestrado e um deles me falou: “quer dizer que partindo do que você está dizendo, nós vamos para o inferno, é isso?”, e eu comecei a chorar na hora pelo amor que senti por eles e ainda sinto, e eu falei para eles: “Do jeito que eu oro por vocês, vocês vão para o inferno coisa nenhuma”. E isso tem me seguido durante toda a minha carreira. Quando eu estava no dourado na Alemanha, o meu supervisor de doutorado que hoje é falecido, me dizia “I am a happy atheist” (eu  sou um ateu feliz), eu olhava para ele e dizia: “eu não acredito em um pingo do teu ateísmo”, tirava sarro disso e não acreditava. Além disso, eu orava por ele, até que ele teve melanoma e morreu muito cedo, aos 50 anos, e ele era um cara muito divertido e Deus, literalmente, na Alemanha, cercou ele de crentes, tantos alemães quanto estrangeiros porque era um instituto internacional, então juntou uma galera que ficava orando por ele. Teve uma situação em que minha ex-chefe de pós- doc que é professora no Hospital de Clínicas, uma pessoa maravilhosa, pastora, mulher de Deus, a Professora Iara M. estava com ele no hospital e ela estava levando a pessoa do lado a Cristo, ele estava aceitando a Jesus, e o meu orientador que era orientador de pós- doutorado dela, estava traduzindo para o Suábio que é o dialeto alemão daquela região, e ele nada. Nós não parávamos de orar até que no dia do meu aniversário, eu estava com meu marido (fazemos aniversário juntos) no Beto Carrero porque aniversariante não paga, nisso me ligam e informam que o meu orientador tinha falecido. A pessoa que era a minha ex-co orientada  que estava lá, disse que tinha algo para me contar e que antes dele falecer, chamou a esposa e disse “vamos orar o Pai Nosso?”, nisso eu comecei a chorar no telefone e o Espírito Santo me falou que aquele era o meu presente de aniversário e que meu orientador estava com o Senhor. Isso foi forte demais, maravilhoso. Eu lembro da minha primeira aula de evolução e eu fui armada achando que iriam falar muitas bobagens, mas a primeira coisa que a professora, que nem era cristã,  falou foi: “Olha, turma. Antes da gente começar aqui, quero dizer que a probabilidade de que tudo tenha surgido espontaneamente é mesma que um chimpanzé na frente da máquina de escrever digitando o acaso nas teclas redigitar toda a obra de Shakespeare sem um único erro, então agora fica claro de que você precisa ter fé tanto para uma coisa quanto para outra e que nós não vamos conversar sobre isso, nós vamos falar sobre os fatores evolutivos e a teoria sintética da evolução”. Eu não acreditei que tinha ouvido aquilo e minhas defesas caíram. Comecei a prestar atenção e entender o que é a evolução. E hoje, um erro que tem em geral, é pensar que evolução é progresso, mas não é. Evolução é mudança. Nisso Deus começou a falar muitas coisas   em relação à teoria sintética que encaixam perfeitamente na palavra de Deus. É claro que não conseguimos provar a existência de Adão e Eva, a queda no paraíso, porém eu creio nisso. Não conseguimos provar a idade da Terra e conciliar todas as coisas, muito difícil, mas isso não vai abalar a minha fé de momento algum porque para mim a Bíblia ainda é a verdade. Micro-evolução é algo que podemos conviver, trabalhar, fazer análises estatísticas dentro da genética e aceitar, corroborar ou falsear. E eu trabalho com isso também.

  • Em pesquisas recentes foi estudado sobre a influência biológica e genética nas ações e escolhas de um ser humano. No artigo da Associação Brasileira Cristãos na Ciência, é citado  John Hibbing, um cientista político da Universidade de Nebraska-Lincoln, dizendo que ‘…é difícil mudar a opinião de alguém sobre questões políticas porque suas reações estão enraizadas em sua fisiologia’.Como podemos, enquanto cristãos, enxergar nossas escolhas diárias e responsabilidades em paralelo à nossas pré definições genéticas? 

Uma das primeiras coisas que falo para os meus alunos na medicina é “você não é o seu DNA”. Por que podemos ter certeza disso? O DNA é uma molécula maravilhosa, linda que é responsável por informar a toda uma maquinaria que existe dentro de nossas células qual vai ser um produto proteico que vai ser formado em determinada Instância e no final responsável pelo nosso fenótipo, que é o termo técnico que a gente utiliza para o nosso organismo, aquilo que se vê, aquilo com o qual a gente nasceu. Porém, existe uma forma muito fácil de refutar aqueles que acreditam que o DNA é responsável pelo seu comportamento, suas ações e suas decisões. O professor Hibbing, por exemplo, informou. Basta pensar em gêmeos monozigóticos, gêmeos idênticos geneticamente compartilham o seu DNA com exceção de alguns milhares de mutações diferentes que vão se acumulando depois da fecundação e da divisão do zigoto. Porque é uma célula que foi fecundada por uma espermatozóide que se divide. Às vezes tem algumas mutações que vão se acumulando, mas quando eles nascem, cópias, “ctrl + C e ctrl + V”, um a cara do outro, em grande parte do genoma, grande parte do DNA é idêntico entre eles. Contudo, com o tempo eles ficam bastante diferentes, a ponto de que aos 50 anos você olha e duvida de que são gêmeos idênticos,pois a nossa interação ambiental e nossas escolhas frente a desafios do, os lugares quais a gente escolhe conviver e viver, o que comemos e o que recebemos dos nossos cinco sentidos,  tudo o que permitimos que internalize, a maneira como gerimos isso, mudará a expressão dos genes, e a expressão dos genes e, a forma como o DNA se organiza são responsáveis por nosso comportamento, muitas vezes em ter disposições de doenças crônicas. Algumas dessas coisas se tornam mais permanentes e Elas podem até serem herdáveis até a terceira geração, então é uma grande mentira culpar o DNA dizendo que é o seu jeito difícil de ser é algo que está em seu DNA. Essas desculpas negam a palavra de Deus, pois em Romanos 12:1-2 diz assim: “Rogo-vos, irmãos, pelas misericórdias de Deus que entregues os vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas  transformai-vos pela renovação da vossa mente para que experimenteis qual seja a boa, santa e agradável vontade de Deus”. Tantos querem experimentar a vontade de Deus, mas quanto estão dispostos realmente para uma transformação de mente? Aqui entra o Espírito Santo. 

  • Assim como aprendemos com o Apóstolo Paulo em 1 Coríntios 10:31 sobre fazer tudo para a Glória de Deus, como um profissional da biologia pode exercer esse chamado em suas profissões e estudos? 

Para mim não existe diferença entre espiritual e secular. Para mim tudo é espiritual,  tudo é para Ele, tudo é uma adoração constante e eu tenho muito temor de perder oportunidades. Quase me aconteceu algumas vezes e eu fico pensando que serei  responsável e eu não quero perder oportunidades e de forma alguma, como Deus nos alerta muitas vezes na palavra Dele. Eu vivo a minha profissão em amor. Sou apaixonada pelos meus alunos e eles sabem disso. Falo nas aulas que eles podem não gostar da minha disciplina, talvez nem gostar de mim, mas eu sou apaixonada por eles, porque não existe docente sem discente, eles são a razão da minha existência como professora. Embora a minha identidade seja muito maior do que isso. Se algum dia alguém disser: “ Angélica, você não vai ser professora, você não vai mais trabalhar como cientista”, isso não vai roubar quem eu sou, porque o que eu sou em Cristo ninguém me tira. Eu amo o que eu faço e procuro fazer com a maior excelência possível, desde as aulas que eu faço até a maneira como eu conduzo a aplicação de provas, correção de provas. Procuro servir aos meus alunos. Eu falo que o meu sonho é ver eles voando “importa que eles cresçam que eu diminua”.Como dou aula em medicina, brinco que preciso tratá-los bem porque, talvez um dia eu serei paciente deles e eles vão querer se vingar. Eu amo os meus alunos. Eu amo fazer pesquisa. A minha tia Érica é meu grande exemplo. Ela é professora titular da Federal Fluminense, mudou a realidade social  em nosso país, é uma mulher de Deus, então eu sempre me inspirei nela, desde muito pequena eu falei que queria fazer  a diferença através da pesquisa igual a ela. As universidades públicas são construídas sobre o tripé: Pesquisa, ensino e extensão e eu procuro fazer isso com todo o amor e buscando beneficiar fazendo os participantes de pesquisa. Eu tenho vários projetos que recebem fomento do Conselho Nacional de Ensino e Pesquisa, da coordenação de aperfeiçoamento pessoal superior, e sou muito grata a Deus por essas agências de fomento que temos nesse país, pelo Diretório de Intercâmbio Acadêmico Alemão (DAAD), além disso, procuro fazer tudo de forma excelente, trazer o máximo de benefícios aos participantes das pesquisas, aos pós-graduandos e colegas de trabalho. Somos perseguidos. Isso é inevitável e está na palavra  e isso vai acontecer. Terão pessoas que não irão gostar de você por causa do seu posicionamento de fé e vão achar isso incoerente, terão seus argumentos e possuem liberdade para isso, então nessa hora, independentemente do que falam ao meu respeito, minha decisão é amar, amar, amar e amar, até o fim, assim como Jesus. A minha oração é para continuar firme até o fim, que continuemos tendo a liberdade que temos em nossa Nação. Entretanto, não é fácil ser acadêmico, pesquisador e cristão no Brasil, mas é maravilhoso.