Marcos 15:16-24

Os soldados levaram Jesus para o palácio do governador (lugar conhecido como Pretório) e chamaram todo o regimento. Vestiram Jesus com um manto vermelho, teceram uma coroa de espinhos e a colocaram em sua cabeça. Então o saudavam, zombando: “Salve, rei dos judeus!”. Batiam em sua cabeça com uma vara, cuspiam nele e ajoelhavam-se, fingindo adorá-lo. Quando se cansaram de zombar dele, tiraram o manto vermelho e o vestiram com suas roupas. Então o levaram para ser crucificado. Um homem chamado Simão, de Cirene, passava ali naquele momento, vindo do campo. Os soldados o obrigaram a carregar a cruz. (Simão era pai de Alexandre e Rufo.) Levaram Jesus a um lugar chamado Gólgota (que quer dizer “Lugar da Caveira”). Ofereceram-lhe vinho misturado com mirra, mas ele recusou. Então os soldados o pregaram na cruz. Depois, dividiram as roupas dele e tiraram sortes para decidir quem ficava com cada peça.

Leitura

Conforme lemos no evangelho de Marcos, um transeunte chamado Simão, que era de Cirene, foi forçado a carregar a cruz de Jesus.

Olhos sombrios espreitam da pintura Simão Cirineu, do artista contemporâneo holandês Egbert Modderman. Na obra, os olhos de Simão revelam o imenso fardo físico e emocional dessa responsabilidade.

Marcos nos conta que Simão era de Cirene, uma grande cidade no norte da África que contava com uma população de judeus nos tempos de Jesus. Muito provavelmente, Simão tinha viajado para Jerusalém a fim de celebrar a Páscoa. Então ele se viu no meio de uma execução injusta, porém pôde realizar um pequeno, mas significativo, gesto de assistência a Jesus.

Anteriormente, ainda no evangelho de Marcos, Jesus disse aos Seus seguidores: “‘Se alguém quer ser meu seguidor, negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me’” (8:34). No caminho até o Gólgota, Simão fez literalmente o que Jesus figurativamente pediu a Seus discípulos que fizessem: ele tomou a cruz dada a ele e a carregou por Jesus.

Nós também temos “cruzes” para carregar — talvez uma enfermidade, uma tarefa ministerial desafiadora, a perda de um ente querido, ou uma perseguição por causa da nossa fé. Ao carregarmos esses sofrimentos pela fé, mostramos às pessoas o sofrimento de Jesus e Seu sacrifício na cruz. Foi a Sua cruz que nos concedeu paz com Deus e força para nossa própria jornada. Lisa M. Samra

Para reflexão

  • No relato de Marcos, Simão literalmente tomou uma cruz e seguiu Jesus. Na sua opinião, há evidência de que ele eventualmente se tornou um verdadeiro seguidor de Cristo? Por quê?
  • Imagine-se no meio dos eventos que Simão presenciou (e relutantemente participou) no dia em que Jesus foi espancado, humilhado e crucificado. Como você teria se sentido no lugar de Simão? Por que você se sentiria dessa forma?
  • Nosso tema deste mês é o amor de Deus, que é bem propício ao refletirmos sobre a crucificação e a ressurreição. Como a experiência de Simão pode evidenciar o amor de Deus e como isso foi expresso em Jesus?
  • Em termos práticos e cotidianos, o que significa tomar a nossa cruz e seguir a Jesus? Que “cruz” você foi chamado a carregar? Como você pode usar esse sofrimento para mostrar Jesus aos outros?

(Extraído do devocional de Páscoa Pão Diário 2021, Edição especial O maior amor)