“Por que você não pode ajudar mais nas tarefas domésticas? Que tipo de marido você é?”, disse a esposa cansada e irritada ao marido que se encontrava relaxado no sofá assistindo ao noticiário.

O marido suspirou frustrado. Pois, depois de um longo dia cheio de reuniões online, esta era a sua chance de respirar. Tudo o que ele queria era uma pausa, e nada que fosse ainda mais irritante. “Isso é tudo com o que você se importa?”, ele respondeu. “Esse não é o seu trabalho?”

Isso soa familiar? O isolamento social tem colocado uma pressão em alguns casamentos enquanto tentam lidar com as mudanças no trabalho, em casa e na igreja. Em alguns lares, levou não só à tensão, mas também à decepção e desilusão com o casamento.

Quando os casamentos chegam a um ponto difícil, a pergunta-chave que precisamos fazer é: “E agora? O que vamos fazer sobre isso?”. É aqui que o compromisso do marido e da esposa para resolver os problemas é vital. Temos três sugestões sobre o que podemos fazer:

1 – Que nossa decepção conjugal nos ajude a enfrentar nossa decepção com Deus

Deus é aquele diante de quem fizemos nossos votos. Ele é Aquele que pedimos para abençoar nosso casamento. Então, quando estamos infelizes em nosso casamento, pode parecer que Ele nos decepcionou. Podemos responsabilizá-lo ou acusá-lo de quebrar Sua promessa de felicidade conosco. Mas enquanto lutamos, pelo menos estamos levando Deus a sério. E em nossa luta, podemos aprender a olhar para Jesus.

Ninguém sofreu o abandono e abuso que Cristo sofreu no curso de Sua vida e morte. Ninguém experimentou o tipo de tratamento injusto que Ele sofreu quando pagou o preço pelos nossos pecados. No entanto, Ele viveu, morreu e ressuscitou dos mortos para declarar que, com o tempo, Deus sempre se mostra bom, poderoso e fiel àqueles que estão dispostos a confiar nele até o fim. Ele pode fazer o mesmo por nós em nosso casamento.

Cristo nos mostrou pelo Seu próprio exemplo que não fomos criados para encontrar completa realização ou segurança em qualquer relacionamento humano. Ele nos mostrou que fomos criados para encontrar nossa proteção e contentamento em Deus, e quando percebemos isso podemos ser livres para amar e nos submeter uns aos outros.

2 – Que nosso relacionamento com Deus se torne nossa fonte de realização conjugal

Os seguidores de Cristo estão em uma ótima posição para enfrentar as questões que têm trazido desilusão ao seu casamento.

O conselheiro bíblico Larry Crabb em seu livro Homens e Mulheres: Viva a diferença! (Editora Betânia, 1997) escreveu: “A diferença entre pessoas piedosas e os ímpios não é que um grupo nunca machuca e o outro grupo o faz, ou que um relata mais felicidade do que o outro. A diferença está no que as pessoas fazem com suas dores. Eles fazem o que vem naturalmente: usam suas dores para justificar esforços egocêntricos e se sentirem aliviados, se preocupando menos com a forma como afetam os outros e mais sobre se eles estão confortáveis; ou fazem o que não vem naturalmente: usam suas dores para entender melhor e encorajar os outros enquanto se agarram desesperadamente ao Senhor pela libertação prometida por estarem apaixonadamente determinados a fazer Sua vontade.”

Assim que aprendermos que nosso bem-estar final depende de Deus e não de nosso cônjuge, começaremos a experimentar a força do Senhor.

Uma vez que um marido acredita que sua relação com Deus é mais importante do que sua relação com sua esposa, ele começará a encontrar um senso pessoal de significado que não depende das respostas ou afirmações de sua esposa. Ele começará a amá-la pelo amor que encontrou em Cristo (Efésios 5:25).

Uma vez que uma esposa acredita que sua relação com Cristo é mais importante que sua relação com seu marido, ela pode começar a encontrar uma fonte de segurança e aceitação que não depende da capacidade de seu marido para atender às suas necessidades. Ela pode começar a aceitar seu papel como esposa e ter a convicção de que a submissão corretamente motivada é, na verdade, uma maneira de submeter-se ao senhorio e provisão de Cristo (Efésios 5:22-24).

3 – Que nossa dependência de Deus se torne uma base para a interdependência amorosa

Um marido e uma mulher que dependem de Deus, e que encontram força e suficiência nele, não serão excessivamente dependentes um do outro. Nem exigirão uma independência ou dominação que não seja saudável.

Deus tornou o homem e a mulher seres únicos, com dons especiais, à Sua imagem. A Bíblia nos ajuda a entender como um marido e uma esposa podem ser um, mas também serem fiéis à pessoa especial que Deus os criou para ser.

Deus fez a mulher ser uma companheira e ajudante em que seu marido pode confiar. Gênesis nos diz: “O SENHOR Deus disse: “Não é bom que o homem esteja sozinho. Farei alguém que o ajude e o complete” (2:18). Provérbios 31 descreve uma mulher dotada por Deus, que toma iniciativa, que fez exatamente isso. Havia uma relação interdependente entre o casal descrito nesse capítulo. Deus deu à esposa vários talentos, e seu marido aparentemente não tinha ciúmes de seus dons, nem negou seu uso. Podemos assumir que ele a amava pela mulher que Deus a fez ser. Ela, por sua vez, usou seus dons de uma forma que produziu harmonia e sucesso conjugal.

Isso nos leva a 1 Coríntios 13: 4-8: “O amor é paciente e bondoso. O amor não é ciumento, nem presunçoso. Não é orgulhoso, nem grosseiro. Não exige que as coisas sejam à sua maneira. Não é irritável, nem rancoroso. Não se alegra com a injustiça, mas sim com a verdade. O amor nunca desiste, nunca perde a fé, sempre tem esperança e sempre se mantém firme. Um dia, profecia, línguas e conhecimento desaparecerão e cessarão, mas o amor durará para sempre.”

Leia a passagem novamente, e onde a palavra amor aparece, coloque seu nome. Agora pergunte a si mesmo: é assim que você trata seu marido ou sua esposa? Porque é isso que significa amar. O amor toma a atitude de confiar em Deus para cumprir a promessa de casamento para o casal que está disposto a confiar nEle.

Este artigo foi extraído e adaptado de Refreshing Your Marriage Relationship (Revigorando seu relacionamento conjugal).

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