Maternidade: presente ou fardo? — Encontrando alegria e propósito em meio aos desafios diários. O resultado positivo do teste de gravidez geralmente vem acompanhado de muita alegria e de celebrações pelo casal que deseja começar uma família. Contudo, a alegria não vem desacompanhada. Ela traz expectativas, ansiedades quanto a um futuro desconhecido e novo. Ela traz medo das mudanças e muitos pitacos de amigos e familiares. A mulher, que espera ansiosamente pelo momento em que poderá olhar pela primeira vez o rostinho do seu bebê e pegá-lo no colo, é a primeira a sentir as mudanças. Enjoos, modificações no corpo, cansaço ou sono exagerados.

Fica claro, desde o começo, que a maternidade não é a estação das flores. Aquelas “famílias perfeitas” dos comerciais de margarina ou das fotos de princesas da Inglaterra, saindo da maternidade com vestidos impecáveis, não é a realidade para a maioria de nós, em qualquer parte do planeta.

Este momento de extrema alegria, satisfação e sonhos realizados, que é o nascimento de um filho, também vem acompanhado de dúvidas, de inseguranças e pela preocupação sobre se estamos fazendo o melhor por nossos pequenos. Muitas de nós precisam se dividir entre centenas de funções: esposa, mãe, amiga, filhas de pais idosos (que podem precisar de cuidados especiais), donas de casa, profissionais, motoristas, conselheiras e tantas outras atividades que são exigidas de nós. Sentimo-nos como que puxadas por todos e em todas as direções, como se fôssemos feitas de elástico. Mas, por vezes, esse elástico sente que está prestes a se romper por conta do excesso de tensão.

Sentimo-nos sobrecarregadas e até culpadas porque amamos ser mãe e amamos nossos filhos intensamente, mas diariamente nos vemos diante de dificuldades que não imaginávamos enfrentar quando tudo era apenas um sonho.

Descobrimos cedo o que é ser mãe em um mundo real, seja num parto difícil que não correu como esperado, seja nas cólicas que mantêm nossos bebês e nós acordadas a noite inteira. Enfim… o mundo parece nos desafiar, desde os aspectos financeiros até as pessoas que nos decepcionam, ou pelos dias difíceis e cansativos. Percebemos, logo no começo dessa história de amor, que uma nova mãe surge no dia em que nasce o seu tão esperado bebê. E neste novo mundo que está diante dela, essa mãe sente-se tão pequena e perdida, como o seu recém-nascido.

Será possível encontrar alegria, contentamento e um propósito nesta jornada chamada maternidade? Seguiremos amando os nossos filhos, mas lá no fundo do nosso coração, será que os vemos como um precioso presente merecedor de honra e cuidado, ou como mais um peso à nossa vida que já não é perfeita?

Quero, desde já, que a leitora entenda o meu posicionamento diante de tudo isso. Tenho convicção de que os nossos filhos são um presente precioso confiado a nós; também creio que ser mãe de crianças pequenas é uma das fases mais lindas na vida de uma mulher. Porém, esse presente vem acompanhado de uma grande responsabilidade: ensiná-los, educá-los e amá-los. Entendo que cada novo dia traz a oportunidade para semear amor, conhecimentos e o exemplo pessoal na vida de nossas crianças.

Teremos dificuldades? Certamente haverá muitas. Mas se entendermos a importância da nossa missão, deixaremos de acreditar em alguns mitos e mentiras que a sociedade e a cultura ao nosso redor querem nos fazer aceitar, alinharemos as nossas prioridades a essa nova fase e escolheremos a alegria. Agindo assim, poderemos, sim, encontrar contentamento e propósito, mesmo em meio a todos os desafios e as dificuldades do dia a dia de ser mãe. Quando compreendemos o propósito de Deus para o relacionamento entre pais e filhos, a maternidade passa a ser um fascinante projeto de vida que traz regozijo, paz, satisfação, contentamento e alegria.

Tathiana Schulze é jornalista e autora do blog mamaereal.com. É casada com Christian Schulze, um engenheiro de software e pastor, e têm três filhos. Trabalha no ministério infantil na igreja Assembleia de Deus Ministério Semeadores de Boas-Novas, em Atlanta, EUA.

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