Ninguém viu Deus, em momento algum. Assim sendo, o Filho Unigênito, que está no coração do Pai, é indescritível e incompreensível. …Entretanto, Ele não nos deixou em absoluta ignorância. Ele implantou na natureza evidências de Sua existência. A criação, sua manutenção e seu funcionamento proclamam a majestade da natureza de Deus. Além disso, Ele revelou a nós o conhecimento de si mesmo que nos fosse possível compreender. Primeiramente por meio da Lei e dos profetas e, depois, por Seu Filho Unigênito, nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo. Portanto, tudo que a Lei, os profetas, os apóstolos e os evangelistas nos legaram, nós recebemos, conhecemos e honramos. Não buscamos algo além disso, porque Deus, sendo bom, é a causa de todo bem. Ele não é sujeito à inveja ou a qualquer paixão. A inveja está muito distante da natureza divina, pois essa natureza é desprovida de paixões e é boa. Portanto, sabendo tudo e proporcionando o que é benéfico para cada pessoa, Deus revelou o que nos era proveitoso conhecer. Aquilo que não conseguiríamos suportar, porém, Ele manteve em segredo. Fiquemos satisfeitos com o que temos. Vivamos por eles, sem remover limites eternos ou ir além da tradição divina.