A alma se humilha quando não segue a iniquidade, mas se alimenta da justiça, porque a justiça e a iniquidade são o alimento da alma. Segundo sua preferência, a alma pode desejar e comer qualquer um desses alimentos. Se for inclinada à justiça, será nutrida por retidão, moralidade, autocontrole, mansidão e coragem. Paulo disse: “alimentado com as palavras da fé e da boa doutrina”. Assim foi com o nosso Senhor, pois Ele disse: “A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou”. Porém, se a alma não for semelhante a Ele, preferirá a iniquidade e será nutrida unicamente pelo pecado. O Espírito Santo descreveu os pecadores e seu alimento referindo-se ao diabo quando disse: “…deste-o como alimento às nações etíopes” [N.E.: Salmo 74:1, Septuaginta.], porque o diabo é alimento para os pecadores. Da mesma maneira, o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o Pão celestial, é alimento para os santos, porque Ele disse: “Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna”. O diabo é alimento para os impuros e para os que fazem as obras das trevas e não as da luz. Portanto, para desviar essas pessoas da iniquidade, Cristo ordena que elas sejam nutridas pelo alimento da justiça, ou seja, humildade da mente, mansidão que resiste a humilhações e reconhecimento de Deus.