Não é errado ou improdutivo dedicar muito tempo à oração, desde que isso não nos impeça de realizar outras boas e necessárias obras para as quais o dever nos chama, …porque passar muito tempo em oração não é, como alguns pensam, o mesmo que orar com “muito falar”. Palavras multiplicadas são uma coisa, mas o contínuo ardor do desejo é outro. Está escrito que o Senhor permaneceu orando durante toda a noite e que Sua oração foi prolongada quando Ele estava em agonia. Isso não é, para nós, um exemplo do nosso Intercessor que, junto ao Pai, ouve eternamente as nossas orações? …Se estivermos prestando atenção à nossa alma, longe de nós usarmos o “muito falar” em oração ou nos abstermos de orações prolongadas. Falar muito em oração é banalizar e usar excessivamente nossas palavras enquanto pedimos algo necessário. Porém, prolongar a oração é fazer nosso coração palpitar com contínuas emoções piedosas em relação Àquele a quem oramos. Na maioria dos casos, a oração consiste mais em gemidos do que em fala, mais em lágrimas do que em palavras. Ele vê as nossas lágrimas. O nosso gemido não está oculto ao Senhor, porque Ele criou tudo por meio de uma palavra e não precisa de palavras humanas.