Meu nome é Silvia, tenho 22 anos, e no mês de julho o COVID-19 atingiu minha casa com força! No começo do mês, minha mãe foi internada e no mesmo dia em que ela saiu de alta, quem ficou no lugar dela foi o meu pai. Ainda naquela noite, ele foi encaminhado para a UTI, onde permaneceu por duas semanas.

Esse é um resumo breve do que aconteceu, mas o que eu quero compartilhar aqui hoje não é com foco nesse vírus. Vamos lá para uma boa história de Dia dos pais…

Meu pai é alguém que se fragiliza muito pelo emocional, em todos os aspectos. Um dia, antes do internamento da minha mãe, ele havia feito uma sessão de imunoterapia (tratamento para câncer), o que o deixa bem vulnerável. Ela, que já havia positivado, estava isolada no quarto do casal, enquanto ele estava dormindo na sala. Quando soube que minha mãe teve que ser internada, meu pai ficou profundamente abalado e, somando à sua condição de saúde, foi ficando bem mal! Dois dias antes do internamento dele, foi o pior! Não conseguia levantar do sofá, muitas dores, febre, tosse… mas eu sabia de algo que lhe fazia bem: a música.

Meu pai gosta muito de tocar violão, mas naquele momento ele não tinha condição de fazer nada, então eu mesma sentei ao piano, ao lado de onde estava, e comecei a tocar pra ele. Fiquei ali cerca de meia hora tocando, estava tudo silencioso, já pensei que ele havia pegado no sono. Porém, quando me virei, ele começou a falar sobre as letras das músicas que eu toquei, como tinham movido seu coração — isso que eu só toquei mesmo, não cantei uma palavra. De repente, ele se levantou e começou a viver a vida super disposto! Ressuscitou o homem (kkk)! Olha, eu já acreditava em musicoterapia, mas depois desse dia, não tenho mais dúvidas!!

Bem, foi um momento de alívio, mas já disse o que vem a seguir: seu quadro tornou a piorar rapidamente, até chegar à UTI.

Quando fui levá-lo ao hospital, minutos antes de entrar para o internamento, meu pai me dizia: “Filha, toca pra mim! Canta pra mim!” Ele guardou aquele nosso momento no coração e só conseguia falar daquilo!

 

Naquela noite, de volta a casa, não foi nada fácil. Medos e incertezas tentavam tomar meu coração! Meu pai realmente poderia morrer nas próximas horas!! Porém, havia algo mais real do que essa situação que me envolvia naquele momento. Meu pai estava longe de mim, mas o meu Pai do Céu estava exatamente ali comigo, só eu e Ele. Enquanto eu chorava, canções vinha também à minha mente. Eu não conseguia cantar, mas pensar nas letras e era como verbalizar o que eu estava sentindo! Eram canções sobre o cuidado de Deus, sobre mim e toda minha família. Por mais difícil de crer nisso, mediante às circunstâncias do momento, eu tinha sim muita certeza porque aquela mesma presença que tomou meu pai enquanto eu tocava pra ele abraçava-me ali, e eu pude senti-la muito bem! A paz de Deus guardava minha mente e coração, e eu pude descansar 🙂

Nos dias seguintes, consegui voltar a tocar e cantar, mesmo sem meu pai ali do lado para ouvir. Uma das canções é a deste vídeo… Meu Aba Pai é a minha realidade! Mais real que o ar que Ele mesmo um dia encheu os pulmões do meu pai, e que poderia encher novamente, se fosse de acordo com a Sua vontade — aquela que e é boa, perfeita e agradável, que eu confio e O glorifico por isso!

Ajude essa mensagem chegar mais longe.

A cada R$2,00 você
nos ajuda a imprimir um livreto para evangelismo.

Preparamos um livro especial para essa Páscoa, clique aqui e saiba mais