O amor é difícil de ser definido. Porém, a definição elaborada que eu gostaria de compartilhar é que “o amor é a preferência soberana da minha pessoa por outra pessoa, envolvendo todos e tudo nessa preferência”.

Vamos olhar mais profundamente o amor de Deus conforme nos revelado nas Escrituras:

A essência do amor de Deus

“Mas Deus nos prova seu grande amor ao enviar Cristo para morrer por nós quando ainda éramos pecadores.” (Romanos 5:8). O amor de Deus é diferente do amor de todas as outras pessoas. “Deus prova o seu próprio amor para conosco”; esse não é o amor de um pai, de uma mãe, de uma esposa ou de alguém que nos ama. Ele tem uma característica tão peculiar, que tem de ser revelado a nós.

O fundamento do amor de Deus

O fundamento do amor de Deus é a santidade, “…sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12:14). Portanto, o amor de Deus precisa ser a justificativa da Sua santidade. Lembre-se da nossa definição — o amor é a preferência soberana da minha pessoa por outra pessoa, envolvendo todos e tudo nessa preferência. Se a natureza de Deus é santa, Seu amor precisa ser amor santo, buscando envolver tudo e todos até que todos nos tornemos santos.

As características do amor de Deus

As características do amor de Deus — isto é, a maneira como Seu amor revelado na Bíblia se expressa na vida comum — não nos são familiares. O homem comum de bom senso fica totalmente intrigado com um versículo como João 3:16. A revelação do cristianismo tem a ver com o fundamento das coisas, não primariamente com a vida real. Quando o evangelho é proclamado, ele é proclamado como o fundamento. As características do amor de Deus são que, se assumirmos um compromisso com Ele, o Senhor nos comunicará a própria natureza do Seu Filho. “…a dádiva de Deus é a vida eterna…” (Romanos 6:23 — ênfase adicionada)

O fato do amor de Deus

“E tudo isso vem de Deus, aquele que nos trouxe de volta para si por meio de Cristo e nos encarregou de reconciliar outros com ele. Pois, em Cristo, Deus estava reconciliando consigo o mundo, não levando mais em conta os pecados das pessoas. E ele nos deu esta mensagem maravilhosa de reconciliação. Agora, portanto, somos embaixadores de Cristo; Deus faz seu apelo por nosso intermédio. Falamos em nome de Cristo quando dizemos: “Reconciliem-se com Deus!”. Pois Deus fez de Cristo, aquele que nunca pecou, a oferta por nosso pecado, para que por meio dele fôssemos declarados justos diante de Deus.” (2 Coríntios 5:18-21)

Em nossa maneira comum de ver as coisas, esses são assuntos que nada acrescentam. Quando a guerra ou alguma outra tragédia nos atinge fortemente e nos tira do lugar-comum, ficamos prontos para ouvir o que a Bíblia tem a dizer. Então, descobrimos que a Palavra de Deus trata do fundamento das coisas que estão por trás de nosso senso comum. A Bíblia não lida com o domínio dos fatos do senso comum; nós chegamos a eles pelos nossos sentidos. Em vez disso, as Escrituras tratam do mundo da revelação, dos fatos que só recebemos pela fé em Deus. E Deus ser amor é um fato inegável que a Bíblia apresenta. Você se apegará a esse fato pela fé tanto nos dias bons como nos maus?

Reflita

Examine a descrição de amor que Chambers apresenta? Como você colocaria isso em suas próprias palavras?

Qual “característica” do amor de Deus, conforme revelado nas Escrituras, lhe é mais preciosa ou importante?

Em suma, qual é o “fato” do amor de Deus?

O que mais se destacou para você no estudo de hoje (ou deste mês) sobre o amor de Deus?