Mas Deus nos prova seu grande amor ao enviar Cristo para morrer por nós quando ainda éramos pecadores. — Romanos 5:8

Na resplandecente manhã do mundo, as estrelas cantavam juntas e toda a criação saltava de alegria. Depois, interpôs-se a selvagem desolação da desobediência, do orgulho e do egoísmo pecaminoso, abrindo um grande abismo entre Deus e os Seus filhos. Porém, como sempre, o amor encontrou um caminho — Deus veio a nós e por nós. Agora, com corações castigados, lábios trêmulos e olhos lacrimejantes; contudo, com intenso e forte amor em nosso coração, dizemos novamente, com profunda adoração: Deus é amor.

Se Deus exibe amor tão glorioso em Sua natureza, o que diremos das glórias concedidas a partir de Sua graça? É muito provável que Deus teria caminhado nesta Terra se o pecado jamais a tivesse contaminado. Contudo, o pecado não o impediu de se revelar graciosamente em comunhão com a humanidade. Não, Ele ainda assim veio. 

A dádiva do Filho unigênito de Deus

Certamente, a dádiva do Filho unigênito de Deus revela Seu surpreendente grau de amor — “Se ele não poupou nem mesmo seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, acaso não nos dará todas as outras coisas?” (Romanos 8:32). Independentemente de quão más as pessoas sejam, se elas simplesmente voltarem o seu olhar para a cruz, serão salvas. Contudo, os seres humanos se tornaram tão cegos e tolos em decorrência do pecado, que nada conseguem ver na vida de Cristo, exceto uma vida bela e boa. Eles o veem como o melhor dos seres humanos, vivendo de maneira incompreendida, sofrendo e morrendo como mártir. Para enfrentar essa dificuldade, o próprio amor ofertou outro presente — a dádiva do Espírito Santo.

A dádiva do Espírito Santo

Quando o Espírito Santo inicia Sua graciosa obra em sua alma e em seu coração, você vê uma nova luz na cruz — e o “mártir” se torna o Salvador do mundo. “Apesar disso, foram as nossas enfermidades que ele tomou sobre si, e foram as nossas doenças que pesaram sobre ele. Pensamos que seu sofrimento era castigo de Deus, castigo por sua culpa. Mas ele foi ferido por causa de nossa rebeldia e esmagado por causa de nossos pecados. Sofreu o castigo para que fôssemos restaurados e recebeu açoites para que fôssemos curados” (Isaías 53:4,5).

É demasiadamente difícil — de fato, impossível — conceber que Deus é amor unicamente pelo simples intelecto humano. Porém, isso não é impossível para as intuições da fé. Levante os seus olhos e olhe por toda a Terra. Na administração do governo moral de Deus, você começará a discernir que Deus é amor, que Ele reina supremo sobre o pecado, a guerra, a morte e o inferno; que os Seus propósitos estão amadurecendo rapidamente. Por santa contemplação de tudo que temos considerado, precisamos nos manter no amor de Deus — e, então, não seremos capazes de desanimar durante muito tempo.

O amor de Deus realiza o milagre da graça no coração humano destituído da graça. O amor humano e os amores menores precisam dissolver-se no mais glorioso e supremo amor de todos — o amor de Deus. Então, veremos não somente as falhas uns dos outros, mas as mais elevadas possibilidades uns nos outros. Devemos amar uns aos outros por aquilo que Deus ainda fará por nós. Nada é demasiadamente difícil para Deus, nenhum pecado é extremamente difícil para o Seu amor superar, não há fracasso que Ele não possa transformar em sucesso.

Deus é amor — uma sentença curta, suficientemente curta para ser escrita num anel. Ela é o evangelho.

 

Reflita

Onde a visão de Jesus como apenas um bom homem martirizado por uma causa se desfaz? Como Deus remove as vendas dos nossos olhos e nos ajuda a enxergar quem Ele realmente é?

Leia Isaías 53:4,5 outra vez. Com qual aspecto do sofrimento de Jesus você mais se identifica neste momento?

Deus nos amou tanto que não apenas enviou Seu Filho, mas também nos deu o Espírito Santo. Como você viu a obra do Espírito em seu coração e em sua vida (ou na vida de alguém que você conhece)?

De que maneira as palavras “Deus é amor” resumem o evangelho?