O segundo mandamento “é semelhante” (do grego hómoios) ao primeiro. A palavra grega hómoios significa “similar ou de igual valor, capacidade ou posição; em nível de igualdade um com o outro”. Para Jesus, amar o próximo como a si mesmo é tão importante quanto o mandamento de amar a Deus plenamente.

Para os judeus, o “próximo” era um companheiro israelita nativo que vivia nas proximidades da comunidade (Levítico 19:34). Porém Jesus expandiu e estendeu o significado de “próximo” na parábola do bom samaritano (Lucas 10:30-37) para incluir qualquer um com quem eu tenha contato e precise da minha empatia ou ajuda. Não se trata de quem é seu próximo, mas para quem você é um próximo.

Amar o próximo como a si mesmo é amá-lo tanto quanto você se ama. É um padrão que conhecemos muito bem, pois é como gostaríamos que os outros nos amassem.

Nossa habilidade para amar nosso próximo flui do nosso amor por Deus.

Nós amamos porque ele nos amou primeiro. Se alguém afirma: “Amo a Deus”, mas odeia seu irmão, é mentiroso, pois se não amamos nosso irmão, a quem vemos, como amaremos a Deus, a quem não vemos? Ele nos deu este mandamento: quem ama a Deus, ame também seus irmãos. (1 João 4:19-21)

O amor de Deus por nós e o nosso por Ele são fundamentais se quisermos amar o nosso próximo. O segundo mandamento é o “segundo” porque é necessariamente consequência do primeiro. No entanto, o segundo mandamento “é semelhante” ao primeiro, de igual valor e importância, em nível de igualdade com o primeiro.

Viver a vida cristã precisa ser complicado. Se você ama a Deus inteiramente e a todos como a si mesmo, você não precisa que 613 mandamentos lhe digam o que fazer e o que não fazer. Todos os outros mandamentos são simplesmente extensão destes dois: amar a Deus — fazer o que Ele diz — e amar o próximo —fazer o que Ele deseja. De que maneiras seu amor será demonstrado hoje?