(Da Sabedoria Bíblica para os Pais. O artigo é adaptado de The Family Life of a Christian Leader (A Vida Familiar de um Líder Cristão), Ajith Fernando. © 2016. Usado com permissão da Crossway. Todos os direitos reservados. 

A Bíblia nos diz como todos os filhos são um presente de Deus (Salmo 127:3). Vamos explorar juntos duas maneiras que podemos amar e valorizar nossos filhos.

 1. Comunicando sua alegria

Olhar para nossos filhos como uma bênção influencia nossa atitude em relação a eles. Paulo ansiava estar junto a seu filho espiritual, Timóteo, e escreveu: “Quero muito revê-lo, pois me lembro de suas lágrimas. Nosso reencontro me encherá de alegria” (2 Timóteo 1:4). Como é importante que os filhos saibam que seus pais os acham encantadores e queiram vê-los!

É assim que nosso Pai celestial olha para nós. Sofonias 3:17 faz o mesmo ponto: “Pois o SENHOR, seu Deus, está em seu meio; ele é um Salvador poderoso. Ele se agradará de vocês com exultação e acalmará todos os seus medos com amor; ele se alegrará em vocês com gritos de alegria!” A Bíblia, de fato, ensina que Deus se alegra conosco!

Se é assim que o Pai celestial vê Seus filhos, então temos um modelo para a maneira como os pais terrenos devem ver seus filhos. E porque Deus nos deu palavras como a principal maneira de comunicar a verdade, devemos expressar satisfação em relação aos nossos filhos em palavras. Quando elogiamos nossos filhos, aumentamos sua alegria e a nossa. Paulo frequentemente expressava alegria sobre os seus filhos espirituais: “Portanto, meus amados irmãos, permaneçam firmes no Senhor. Amo vocês e anseio vê-los, pois são minha alegria e minha coroa de recompensa” (Filipenses 4:1). Nossos filhos devem ouvir, com frequência, palavras tão calorosas de afirmação de nossos lábios.

Não só incentivamos nossos filhos, mas também nos alegramos quando eles são elogiados. Paulo diz: “Se uma [parte] é elogiada, todas as outras se alegram com ela” (1 Coríntios 12:26). Devemos responder com alegria quando nossos filhos tiverem algum sucesso ou honra. Não faça sugestões como: “Da próxima vez, tente fazer ainda melhor”, ou, “Agora não fique muito orgulhoso, você deve dar toda a glória a Deus.” E não se preocupe em se gabar disso para os outros. Saia para tomar sorvete em família.

Deve haver algumas práticas regulares em casa que comunicam como nos alegramos com nossos filhos. Quando uma criança se levanta de manhã, podemos recebê-la com alegria. Quando for para a cama à noite, podemos colocá-la para dormir com uma oração e talvez uma história. É uma ótima ideia para os pais dizerem boa noite para seus filhos adultos, também, antes de dormirem.

Quando os pais chegam em casa depois do trabalho, podem primeiro expressar sua alegria ao verem seu cônjuge. Então podem ir até seus filhos e os abraçar. Às vezes, as crianças ficam tão felizes que correm até a porta para cumprimentar o pai ou a mãe quando chegam do trabalho. Quando as crianças saem de casa, os pais podem largar tudo para demonstrar carinho aos seus filhos com algo como: “Tchau! Divirtam-se”.

Alguns cristãos que não experimentaram tal prazer de seus pais acham difícil aceitar a ideia de que Deus está encantado com eles. Eles não acreditam que são pessoas encantadoras, e também podem achar difícil expressar prazer sobre seus filhos. Eles devem estar cientes disso e fazer um esforço extra para fazer o que pode não vir naturalmente para eles. Nossos filhos não devem sofrer por causa de nossas fraquezas.

2. Desejando ajudar

Paulo descreve lindamente seu amor pelos tessalonicenses: “Mas, quando estivemos com vocês, […] fomos como uma mãe ao cuidar dos seus filhos. Nós os amávamos tanto, que gostaríamos de ter dado a vocês não somente a boa notícia que vem de Deus, mas até mesmo a nossa própria vida. Como nós os amávamos!” (1 Tessalonicenses 2:7-8 NTLH).

O amor tem um alto custo, mas não nos preocupamos com o preço, porque sabemos que é algo bonito que queremos fazer.

Munido com a mesma atitude de uma mãe, Paulo diz que faz três coisas que uma mãe faz. Uma mãe faz o trabalho de “cuidar de seus filhos”. Ela não só cuida de seus filhos, mas também os ama, ou seja, expressa afeto por seus filhos. Em seguida, ela compartilha o evangelho com eles. Esta é a coisa mais maravilhosa que os pais podem fazer por seus filhos — ajudar a garantir uma eternidade maravilhosa para eles. Finalmente, Paulo e seus colegas “estavam prontos para compartilhar… [seus] próprios eus” com os thessalonians. As mães fazem isso tão bem. Mas Paulo era um pai espiritual. Isso sugere que os pais também devem cuidar de seus filhos dessa forma.

Resumindo, “Que o amor seja [o] maior objetivo!” (1 Coríntios 14:1) em nossa relação com nossos filhos. Então fazemos o que podemos para realizar esse desejo, mesmo que seja inconveniente ou cansativo. O melhor exemplo disso é o amor de uma mãe, o que a faz ficar acordada noite após noite quando seu filho está doente para cuidar dele. Mas os pais também devem mostrar esse amor.

Quando nossos filhos eram jovens, me pediam para buscá-los depois de uma festa ou uma reunião tarde da noite. Ou perguntavam se eu poderia levá-los à estação de trem no início da manhã — não é fácil para uma pessoa que dorme cedo! Mesmo que eu estivesse muito cansado, eu prontamente faria essas coisas. Tentei comunicar que estas eram coisas que eu queria fazer; coisas que eu estava feliz em fazer. E a felicidade sempre foi a minha experiência ao fazer essas coisas. O amor é dispendioso, mas não nos preocupamos com o preço, porque sabemos que é algo bonito que queremos fazer.


Pensando sobre

1 – Reflita sobre Sofonias 3:17 em como nosso Pai celestial nos vê. Como Deus expressou Sua alegria por você? Como você pode expressar sua alegria por seus filhos físicos e/ou espirituais?

2 – Você concorda com a afirmação de que “o amor tem um alto custo”? Por quê?

3 – Como podemos fazer do amor o nosso objetivo em relação aos nossos filhos?