Fidelidade é uma característica daquele que é leal, confiável, honesto e verdadeiro. Deus, em Sua perfeita essência, possui a fidelidade como um atributo intrínseco ao Seu ser (SALMO 33:4). Desse modo, Ele é chamado diversas vezes de “Rocha”, expressão metafórica para referir-se ao seu caráter inabalável (DEUTERONÔMIO 32:4).

Deus é fidelidade. Ou seja, não é algo que Ele passou a ser, ou de certa forma “aprendeu”. Não é um estado momentâneo, pois é parte de Sua natureza. Ele não muda (VER TIAGO 1:17 E HEBREUS 13:8). Por isso sua fidelidade é eterna (VER SALMO 119:89-91).

Deus foi fiel com o povo de Israel durante milhares de gerações, protegendo-os e guardando-os em toda sorte de adversidade. Sempre que eles clamavam por ajuda, Ele vinha em socorro deles. Ele jamais abandonou os Seus filhos ou se esqueceu da promessa que tinha feito a eles (DEUTERONÔMIO 4:30-31). Por outro lado, o povo, incontáveis vezes, traiu a bondade do Senhor: desprezaram os Seus mandamentos, entregaram-se à prostituição e idolatria a outros deuses (OSEIAS 4:12).

Deus é fiel e justo, independentemente de todos os problemas que vemos e enfrentemos nesta Terra. O Senhor é sempre íntegro (ROMANOS 3:3-4).

No entanto, isso em hipótese alguma significa que podemos continuar pecando à vontade, já que Ele nos perdoa e aceita. Ele é justo juiz e conhece a motivação do nosso coração e pensamentos. Como Pulo adverte: “Não se deixem enganar: ninguém pode zombar de Deus. A pessoa sempre colherá aquilo que semear” (GÁLATAS 6:7).

Não alteramos Sua essência, mas atraímos Seu juízo e correção — que é parte de Sua natureza também — (SALMO 94:11-15). Ele é Pai e corrige os que ama (HEBREUS 12:5-8). Portanto, não devemos entender nossas aflições como punições ou danos, mas como atos de amor, zelo e aperfeiçoamento que nos molda ao caráter de Jesus Cristo.

Sendo filhos, devemos nos parecer com o nosso Pai que está no Céu. Ele procura imitadores (EFÉSIOS 5:1), e pede-nos para que, por meio de Cisto, sejamos íntegros, fiéis e puros assim como Ele é (1 TESSALONICENSES 5:23).

Estar fascinado pelo bom Pai é desejar ardentemente que a Sua integridade e fidelidade seja manifesta em nós. Seu caráter imutável revela o quão instável e infiéis somos quando se trata de o buscar e agradá-lo. Sua fidelidade é infinita e continua a mesma desde nossos antepassados. Da mesma forma que o Senhor foi leal aos profetas, reis, discípulos e ao nosso Salvador Jesus Cristo, Ele está conosco hoje. Pois é o mesmo inabalável Espírito que habita em nós (ROMANOS 8:11). E o Senhor anseia por ter filhos sedentos em conhecê-lo cada vez mais (OSEIAS 6:6).

O relacionamento que devemos ter com Deus não pode ser como o de uma noiva adúltera, que troca o Senhor por qualquer prazer momentâneo (JEREMIAS 3:1,13-14). Ele requer fidelidade assim como nós exigimos fidelidade em nossos relacionamentos aqui na Terra. E isso carece de tempo de conversa (oração), deleite em meditar em Sua Palavra, e, sobretudo, amor (2 CRÔNICAS 7:4).

Colocá-lo acima de todas as coisas, o primeiro mandamento que Deus nos deixou, é uma questão de fidelidade. Compromisso em ter o Senhor como nossa prioridade e único bem (MATEUS 22:37-38). Pois só assim ouviremos dele na glória: “Muito bem, meu servo bom e fiel” (MATEUS 25:21).

Que não nos cansemos de querer o buscar e ser mais parecidos com Ele, pois o Senhor é fiel e sempre o será!